O mundo bruxo vai ganhar uma nova história através da série do Harry Potter, no Max (antigo HBO Max), previsto para 2026 e isso pode ser uma chance de corrigir alguns pontos confusos na história. Embora a saga tenha sido um fenômeno, alguns furos de roteiro em Harry Potter e decisões questionáveis podem ser revistos. J.K. Rowling, autora da série, não planejou tudo tão perfeitamente assim.
Agora, surge a oportunidade de abordar esses pontos mal explicados que, se melhor trabalhados, poderiam ter alterado significativamente o rumo da trama. Mesmo com o rico universo mágico construído, há detalhes não explorados que merecem atenção neste reboot do Harry Potter.
Furos de roteiro que a série do Harry Potter precisa corrigir
Quem nasce trouxa não deve ter medo de Voldemort
É compreensível que os bruxos nascidos no mundo dos trouxas queiram ficar por dentro da cultura bruxa rapidamente, mas sempre foi curioso o medo imediato do nome de Voldemort. Harry nunca hesitou, mas outros, como Hermione, criada no mundo trouxa, estranhamente se encolhia ao ouvir “Voldemort” em pouco tempo no mundo bruxo, mesmo sem nunca ter visto ou ouvido falar antes.
Essa reação contraditória levanta questões sobre a consistência no enredo. Se a série do Harry Potter explorar melhor isso, poderia oferecer uma representação mais realista da adaptação dos nascidos trouxas ao mundo bruxo, enriquecendo ainda mais a experiência dos fãs.
Exposição do mundo bruxo
O Estatuto Internacional de Sigilo em Magia é a lei bruxa mais importante, visando ocultar o mundo mágico dos trouxas. No entanto, a aplicação rigorosa do Ministério da Magia para controlar magias por menores de idade fora de Hogwarts não parece eficaz. Harry Potter, ao transformar sua tia Guida em balão, e Hermione, ao praticar Lumus Maxima antes de Hogwarts, desafiam essas restrições.
O monitoramento impreciso do Ministério, baseado na localização e inferência de quem praticou a magia, é questionável. A utilização de Lumus por Tonks e a magia indetectável dos elfos, como Dobby, sugerem inconsistências na aplicação da lei, criando furos na coesão da narrativa.
Hogwarts é segura ou não é?
Dumbledore afirmou que Hogwarts é considerada um dos lugares mais seguros do mundo bruxo. Porém, ao longo dos anos, a escola enfrentou muitos problemas causados pelos professores, especialmente os de Defesa Contra as Artes das Trevas. Quirinus Quirrell trouxe Voldemort para dentro do castelo, Gilderoy Lockhart era uma fraude, e Alastor Moody serviu de disfarce para Bartô Crouch Jr. implementar o plano do Lorde das Trevas.
Quadros mágicos
Ao ingressar em Hogwarts, Harry descobre que os quadros da escola podem se mover e interagir. Segundo J.K. Rowling, essas imagens são retratos de pessoas falecidas, sem memórias ou sentimentos. Contudo, a descrição entra em contradição. A Mulher Gorda, guardiã da Torre da Grifinória, expressa frustração, e Alvo Dumbledore aconselha Snape mesmo após a morte. Essas contradições desafiam a explicação inicial da autora sobre as pinturas.
Cicatriz de Harry não doeu quando conheceu o Professor Quirrell
A cicatriz de Harry doeu pela primeira vez em Harry Potter e a Pedra Filosofal ao ver Severus Snape. O desconforto, no entanto, foi um equívoco, resultado da proximidade com Lord Voldemort, alojado na cabeça do Professor Quirrell. A frustração surge, pois Hogwarts não foi o primeiro encontro de Harry com Quirrell – eles se conheceram no Caldeirão Furado.
O uso de varinhas
No último livro da saga, Harry usa um feitiço triplo, realizado com três varinhas ao mesmo tempo, contra o Comensal da Morte Greyback, levantando dúvidas sobre o uso de múltiplas varinhas. Por que não vemos outros bruxos adotarem essa técnica? A utilização de várias varinhas intensifica o feitiço? Isso contraria o ensinamento em Hogwarts de que a magia se fortalece conforme a crença do bruxo nela? Essas incertezas revelam inconsistências na lógica do mundo mágico e podemos esperar que o reboot do Harry Potter corrija isso.
Viagem de Harry para a Toca dos Weasley
Harry Potter e as Relíquias da Morte inicia com a Ordem da Fênix transferindo Harry para a Toca dos Weasley, evitando a rede de Flu monitorada pelo Ministério. No entanto, outras opções de transporte mágico não são consideradas, como chaves de portal, carona com elfos domésticos ou aparatar. O plano complexo envolvendo a poção polissuco, embora criativo, levanta questões sobre eficiência e segurança.
Por que não explorar alternativas mais rápidas e seguras, evitando confrontos com Comensais da Morte? Por que o Harry não tomou a poção polissuco para se passar por outra pessoa ou todos usarem a poção para disfarce e não ter ninguém com aparência de Harry?
Por que os bruxos não se uniram contra Voldemort?
Em Harry Potter, só o Ministério britânico parece se movimentar contra os Comensais da Morte e Voldemort. Apesar da ameaça global, Hogwarts e o Reino Unido enfrentam o perigo. A falta de uma mobilização internacional de bruxos para deter o Lorde das Trevas é intrigante. Por que a comunidade bruxa global não se uniu contra essa ameaça iminente? Isso é algo que a série do Harry Potter precisa corrigir.
Avada Kedrava não foi usada mais vezes
A guerra começa em Harry Potter e as Relíquias da Morte e, apesar de haver uma maldição que mata instantaneamente o oponente, a maioria dos bruxos e bruxas não a usa. Lupin comenta em Relíquias da Morte que Harry deve estar preparado para matar. No entanto, por algum motivo, a Maldição da Morte é evitada, o que coloca as pessoas em risco. Essa escolha narrativa levanta questões sobre a lógica da guerra mágica, onde a eficácia da maldição é reconhecida, mas seu uso é evitado por razões não totalmente claras.
Como a série vai adaptar todos os livros, dividido em 7 temporadas, poderemos ver esses furos de roteiro em Harry Potter sendo corrigidos. Enquanto a série não chega, todos os filmes estão disponíveis no Max.
