Conheça a história real que inspirou a série Mestres do Ar
Conheça a história real que inspirou a série Mestres do Ar
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Conheça a história real que inspirou a série Mestres do Ar

A nova série original do Apple TV+ estreou com grande impacto, conquistando rapidamente um recorde impressionante no serviço de streaming. O sucesso da série está vinculado ao fato de que Mestres do Ar é baseado em fatos reais, destacando sua qualidade. Vamos explorar a história real que inspirou a série Mestres do Ar. A trama autêntica por trás da série contribui significativamente para seu prestígio.

Ao trazer fatos reais à vida, a narrativa captura a atenção do público, adicionando autenticidade ao enredo. Este mergulho na realidade é um testemunho do poder de contar histórias verdadeiras de forma envolvente, refletindo o sucesso que Mestres do Ar alcançou.

Os fãs de Band of Brothers e The Pacific têm uma “continuação” em Mestres do Ar, dirigida por Steven Spielberg. A série explora o 100º Grupo de Bombardeios, apelidado de “Centésimo Sangrento”, que enfrentou perdas significativas voando da Inglaterra para a Alemanha na Segunda Guerra Mundial.

A história, embora intensa na tela, é apenas uma parte do sofrimento real desses soldados. Nos parágrafos seguintes, vamos aprofundar na história real de Mestres do Ar que marcaram a experiência brutal desses combatentes durante o conflito.


História real que inspirou a série Mestres do Ar


Onde tudo começou

Conheça a história real que inspirou a série Mestres do Ar

Cleven e Egan, os protagonistas de Mestres do Ar, se conheceram em 1940, na escola de aviação. Juntos, ingressaram na Força Aérea dos EUA antes de Pearl Harbor, movidos pelo sonho de serem pilotos, mais do que pelo patriotismo.

Os “dois Buckys”, Cleven e Egan, ganharam fama pelos apelidos idênticos. Integraram o 100º Grupo de Bombardeios, formado por 37 tripulações de 10 homens cada. Após treinamento nos EUA, partiram para Norfolk, Inglaterra, em maio de 1943. Nessa fase da Segunda Guerra Mundial, os Aliados tinham vantagem, com o Eixo se rendendo no Norte da África e preparativos para invadir territórios nazistas ocupados. O 100º enfrentaria desafios cruciais, destacando a complexidade do conflito e a contribuição essencial desses aviadores para a vitória dos Aliados.

O grupo estreou em missões de bombardeio em 25 de junho, pouco após chegar à Inglaterra. Com tripulações de 10 pessoas, eles realizavam bombardeios precisos durante o dia, mirando alvos estratégicos. O foco era limitar a capacidade alemã de “construir máquinas de guerra”. Essas operações destacam a coragem e o papel essencial do grupo na tentativa de enfraquecer as forças inimigas durante a Segunda Guerra Mundial.


Incerteza era algo comum

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Os homens da 101ª Divisão Aerotransportada e da Primeira Divisão de Fuzileiros Navais, os heróis das duas séries que precederam Mestres do Ar, Band of Brothers e The Pacific, passaram semanas ou meses na linha de frente e com poucas pausas. Os aviadores, por outro lado, poderiam estar “no seu beliche às 4 horas da manhã, no ar sobre Colônia às 10 horas, e depois num pub inglês às 20 horas”, disseram historiadores.

As missões aéreas duravam menos de um dia. Após, a tripulação que sobrevivia voltava para descansar até a próxima. Mas servir na USAAF era arriscado, cobrando um preço psicológico. O contraste entre a base e o ar era evidente, destacando a tensão única enfrentada pelos aviadores.

Um aviador podia tomar café com amigos pela manhã e, ao retornar para casa, descobrir que eles não voltaram. Ao contrário da guerra no solo, não havia corpo quando alguém morria, dificultando saber se foram capturados, mortos ou simplesmente desapareceram. A incerteza marcava a vida desses aviadores, destacando os desafios únicos e emocionais enfrentados durante as missões aéreas na guerra.


A história do ‘Centésimo Sangrento’

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Em 1943, a USAAF mirava subjugar a Alemanha com o B-17, confiando em sua capacidade de defesa contra caças inimigos enquanto atacava alvos industriais. Isso levou à “Semana Negra”, uma operação com mais de 1 mil bombardeiros em sete dias. A estratégia buscava impactar a produção alemã e enfraquecer suas forças.

O B-17 tornou-se essencial, enfrentando desafios e ressaltando a determinação das Forças Aéreas em minar o poder inimigo. Essa semana intensiva de operações reflete o empenho durante a Segunda Guerra Mundial para alcançar a vitória pelos céus.

Devido aos frequentes ataques da Luftwaffe, a operação foi rapidamente derrubada. Ao término da semana, 148 bombardeiros foram destruídos, resultando em 1,5 mil baixas, incluindo Cleven e Egan. Cleven foi capturado e interrogado pelos alemães, enquanto Egan, em busca de vingança, liderou um ataque a Münster em 10 de outubro. Esses eventos destacam os desafios enfrentados pelos aviadores, mostrando o preço alto pago durante as missões aéreas na Segunda Guerra Mundial.

A Semana Negra alterou o curso da guerra aérea, dando vantagem à Luftwaffe e levando os americanos a suspenderem ataques de longo alcance temporariamente. Contudo, esse revés não durou. Com o desembarque dos Aliados na Normandia em 6 de junho de 1944, a Força Aérea Alemã foi praticamente derrotada, com seus caças atraídos pelos bombardeiros americanos. Esse momento marcante reflete a reviravolta na situação, mostrando como os eventos estratégicos contribuíram para a mudança no cenário da guerra durante a Segunda Guerra Mundial.


Fim da guerra

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Apesar da fama, o 100º não teve as maiores perdas entre os grupos da Oitava Força Aérea, levantando dúvidas sobre o apelido “Centésimo Sangrento”. Contudo, é importante destacar que o grupo enfrentou enormes baixas em momentos específicos. Isso ressalta a complexidade das experiências do grupo, evidenciando que, embora não tenham liderado em perdas globais, enfrentaram desafios significativos em determinados eventos durante a Segunda Guerra Mundial.

Em 6 de março de 1944, 15 aeronaves do 100º foram derrubadas em Berlim. Entre 25 de junho de 1943 e 20 de abril de 1945, das 306 missões, apenas oito resultaram em quase metade das perdas do grupo. Esse exemplo destaca como eventos específicos, como a missão em Berlim, tiveram impacto significativo nas baixas do 100º, evidenciando a complexidade das operações aéreas durante a Segunda Guerra Mundial.

Surpreendentemente, os “dois Buckys” sobreviveram à guerra, mantendo uma amizade por muitos anos. Egan até foi padrinho de casamento de Cleven com sua namorada de infância. Ambos continuaram na Força Aérea pós-guerra. Egan faleceu de ataque cardíaco em 1961, e Cleven, aos 87 anos, em 2006. Suas histórias, entretanto, permanecem eternas. Esses amigos, que enfrentaram juntos os desafios da guerra, deixaram um legado duradouro, lembrando-nos da resiliência e amizade que transcendeu os tempos difíceis da Segunda Guerra Mundial.

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